O Ministério Público Federal (MPF) fez nesta segunda-feira (11) uma entrega simbólica de R$ 157 milhões à Petrobras que haviam sido desviados pelo ex-gerente de Serviços Pedro Barusco. A quantia, que estava guardada em contas secretas na Suíça, foi recuperada pela Operação Lava Jato.
Pedro Barusco fez acordo para devolver o dinheiro desviado e decidiu participar de um acordo de delação premiada, dando informações em troca de redução de pena. O ex-gerente, que atuava na diretoria comandada por Renato Duque, admitiu participação no esquema de recebimento de propina e estimou que US$ 200 milhões tenham sido repassados ao PT.
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O MPF afirma ter garantido a devolução de R$ 570 milhões pelos acordos de delação premiada, sendo que outros R$ 500 milhões foram bloqueados. O esquema de corrupção teria movimentado um total de R$ 6,2 bilhões.
Pedro Barusco devolveu, ao todo, R$ 197 milhões à força-tarefa da Operação Lava Jato, sendo que 80% dele será remetido para a Petrobras. O restante ficará retido em juízo para a verificação de interesse de outras pessoas e poderão ser devolvidos para a estatal no futuro.
“Não teve nada parecido na história com o avanço dessa investigação. Olhando para frente, temos um longo caminho a trilhar porque, mesmo devolvendo parte desses R$ 570 milhões, ainda é pouco”, disse o procurador Deltan Dallagnon, coordenador da força-tarefa da Lava Jato.
O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que a estatal é uma vítima do esquema e busca o pagamento de R$ 1,3 bilhão em reparação dos valores com uma série de ações na Justiça. “Esse evento tem uma simbologia muito forte e traz um alento para a sociedade brasileira de um modo geral”, disse, ao receber os R$ 157 milhões.