O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta terça-feira que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não poderia passar ao governo federal informações sobre políticos citados nas delações premiadas da Operação Lava Jato, pois está sob sigilo da Justiça.
Segundo a Globo News, o questionamento de Dilma Rousseff era para confirmar se algum dos novos ministros que devem compor o seu governo no segundo mandato tinham relações com o esquema fraudulento, conforme apontou a mandatária em um café da manhã com jornalista na última segunda-feira.
Cardozo afirmou que, com a recusa do Ministério Público, os nomes dos líderes de pasta serão levados em conta com informações já disponibilizadas ao Governo. “O que a presidente solicitou ao MP é se poderíamos ter acesso a nomes que ela viesse a indicar. Eram apenas informações, se poderia haver ou não algum tipo de citação”, disse Cardozo.
Onde estão os áulicos tidos como candidatos a uma vaga no STF, que poderiam esclarecer: "Ministério Público não é órgão de assessoria!!!
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial)
22 dezembro 2014
O ministro ainda disse achar “curioso” o comentário do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que usou sua conta no Twitter para dizer que o MP “não é órgão de assessoria”. “Talvez, o ministro Joaquim (Barbosa) não tenha entendido bem. Niguém ia pedir consultoria, ia pedir informações”, pontuou Cardozo.