O Ministério Público Federal (MPF) negou pedido do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para alterar a data da acareação entre ele e o empresário Paulo Marinho, agendada para o próximo dia 21 de setembro. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 7, pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
A acareação fará parte da investigação sobre o suposto vazamento de informações a respeito da Operação Furna da Onça, deflagrada em 2018 para investigar esquemas de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Foi durante essa investigação que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicou movimentação financeira suspeita de Fabrício Queiroz, que era assessor parlamentar do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. A partir daí começou a investigação sobre o suposto esquema de "rachadinha" (devolução de parte do salário, por assessores) no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A acareação é necessária porque Marinho diz que Flávio tomou conhecimento antecipado sobre a investigação policial, segundo o senador e então aliado teria lhe contado ainda em 2018. O senador e hoje adversário nega ter tido qualquer informação privilegiada.
Segundo o Jornal Nacional, a defesa de Flávio Bolsonaro informou que ele não vai comparecer à acareação na data marcada, porque, como parlamentar, tem direito a marcar dia, local e hora para seus depoimentos.
Até a publicação desta reportagem, o Estadão não havia conseguido confirmar as informações divulgadas pela TV Globo.