O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse torcer para que seja pacífica a manifestação organizada em São Paulo pelo pastor Silas Malafaia para esta tarde de sábado, 7, com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
As declarações ocorreram após o encerramento do desfile militar do Dia da Independência do Brasil, em Brasília."Acredito e torço que sim, sem radicalismo, sem problemas", afirmou Múcio, ao responder uma pergunta da imprensa sobre a manifestação ser pacífica. "O Dia da Independência tem que ser vitória da democracia".
Apoiadores de Bolsonaro se reúnem na Avenida Paulista, em São Paulo, para uma manifestação que tem como um dos motes o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes esteve presente no desfile militar de Brasília, na mesma fileira de cadeiras que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, teve momentos de conversa com o vice-presidente Geraldo Alckmin e com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Além das cores verde e amarela já tradicionais em manifestações de direita, a manifestação deste sábado tem também cartazes e camisas contra Moraes, o STF e também o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). No último grande ato realizado na Paulista, em fevereiro deste ano, o ex-presidente pediu que os manifestantes não levassem recados nesse sentido. Desta vez, não houve o mesmo pedido e o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) chegou a afirmar ao Estadão que faixas pedindo o impeachment do ministro estão "liberadíssimas".
Há desde cartazes improvisados com pedidos de "Fora STF", camisas com imagens simulando o ministro preso e pedidos de anistia para os presos pelos atos golpistas de 8 de Janeiro, quando os prédios dos Três Poderes foram invadidos e destruídos. Também há pedidos de "voto impresso".
No trio elétrico do evento, devem discursar: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), os deputados federais Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO), Julia Zanatta (PL-SC), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador Magno Malta (PL-ES), o próprio Malafaia e, para encerrar, Jair Bolsonaro. O religioso deve ficar responsável pelo discurso "mais duro" contra Moraes, a quem chama de "ditador".