"Não deixa de ser golpe por não ser militar", diz Dilma

Dilma também afirmou que o "golpe" segue um processo de três atos, onde o impeachment foi o primeiro.

7 ago 2018 - 23h44

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), candidata ao Senado por Minas Gerais, afirmou nesta terça-feira, 7, que o processo de impeachment da qual foi alvo em 2016 "não deixa de ser golpe por não ser militar". Dilma ministrou uma palestra na aula inaugural do curso "O impeachment de Dilma Rousseff como golpe de Estado: perspectivas jurídicas, filosóficas, políticas e históricas", ministrado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), local onde ela estudou Economia. 

"Diferente do que vivemos no passado, o golpe de 2016 começa a se instituir com o uso da legislação e do processo judicial como mecanismo para aplicar o golpe", afirmou a presidente cassada para cerca de 500 pessoas no auditório da Faculdade de Educação da UFMG. "No meu caso foi a forçação do crime de responsabilidade."

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Dilma também afirmou que o "golpe" segue um processo de três atos, onde o impeachment foi o primeiro.
Dilma também afirmou que o "golpe" segue um processo de três atos, onde o impeachment foi o primeiro.
Foto: CRISTIANE MATTOS/O TEMPO / Estadão

Dilma também afirmou que o "golpe" segue um processo de três atos, onde o impeachment foi o primeiro. "O golpe não é um momento, é um processo. O impeachment é o ato inaugural do golpe. O segundo ato foi a aprovação da lei do teto de gastos". O "terceiro ato", para Dilma, seria a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em segunda instância na Operação Lava Jato.

Ao justificar o processo de impedimento que sofreu, Dilma defendeu programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família. "Subsídio está voltando a ser crime. É uma coisa antimercado. O Estado tem a obrigação de subsidiar os mais pobres", afirmou, aplaudida pela plateia.

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