O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que "não haverá mais outro dia como ontem" e que "acabou", numa referência à operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão na quarta contra pessoas aliadas a ele e acusadas de envolvimento na produção e distribuição e fake news.
Visivelmente irritado, Bolsonaro, ao sair do Palácio da Alvorada, fez um pronunciamento aos jornalistas e afirmou que não se pode mais aceitar que pessoas tomem decisões individuais em nome de todos e que se está armando mais uma crise para "atrapalhar o Brasil".
Segundo o presidente, "ordens absurdas" não devem ser cumpridas pela Polícia Federal. Ele disse que a operação da véspera teve o objetivo de atingir a única mídia favorável a ele e que alguns pretendem tirá-lo da Presidência para "voltar a roubar".
"Não farão que eu transgrida, me transforme em pseudo-ditador de direita", disse o presidente, afirmando ainda ser o chefe supremo das Forças Armadas e garantindo que está com "as armas da democracia na mão".
Bolsonaro não aceitou perguntas dos repórteres e encerrou a fala quando um dos jornalistas tentou questioná-lo.