Alvo de 12 pedidos de cassação após declarações sexistas sobre mulheres durante viagem à Ucrânia, o deputado estadual Arthur do Val (sem partido-SP) comentou uma denúncia de importunação ofensiva ao pudor em 2016. O caso voltou à tona após o que ocorreu no país do leste europeu, que vive uma violenta guerra contra a Rússia.
Naquele ano de 2016, Arthur do Val fazia vídeos para seu canal do YouTube em uma escola em Curitiba, no Paraná, que estava ocupada por estudantes em protesto contra a reforma do ensino médio. Uma jovem, de então 17 anos, registrou uma denúncia contra ele, afirmando que Arthur chamou as aulas de "gostosas" e passou a mão em um de seus seios e em sua cintura.
Em posicionamento enviado ao Terra, o deputado disse que uma "falsa acusação de estupro" foi levantada contra ele e que "ganhou o caso" na Justiça. Na verdade, houve o arquivamento do processo.
O parlamentar também alegou ter sido agredido na ocasião e que a denúncia foi montada pela vítima. "Me agrediram, destruíram minha câmera e um advogado petista induziu duas meninas e me acusarem de estupro", afirmou, citando mais uma vítima que não consta nos autos.
Arthur do Val acrescentou ainda que "nem encostou" na vítima.
O processo, ao qual o Terra teve acesso, acabou arquivado em razão da "falta de justa causa para a ação penal", entendeu a Justiça do Paraná.
Veja também: Líder do MBL se descontrola ao defender Arthur do Val
Briga na Alesp
Outro caso chamou atenção para a figura de Arthur do Val mesmo antes da recente polêmica na Ucrânia. Então já tendo assumido o mandato de deputado estadual, o parlamentar causou uma briga na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) ao chamar servidores públicos de "vagabundos".
"Levanta a mão quem é machão. Levanta a mão do líder sindical aí. Quem é lider sindical aí? Levanta a mão. Ta com medo? Quero ver me encarar, ô líder sindical. Eu quero pegar você. Eu quero pegar você, que toma o dinheiro dos trabalhadores. Bando de vagabundo", discursou na ocasião.
A fala gerou uma confusão no plenário, já que lideranças sindicais acompanhavam a sessão e se ofenderam com as falas do deputado. Assista:
