O blogueiro e ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho foi um dos 37 indiciados pela Polícia Federal na quinta-feira, 21, na investigação que apura o planejamento de um golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
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Ele é neto de João Batista Figueiredo, último presidente da ditadura militar no Brasil, entre 1979 e 1985. Em fevereiro deste ano, a Polícia Federal emitiu mandados de busca e apreensão para um grupo investigado por planejar um golpe de Estado após o resultado da eleição presidencial de 2022. Paulo Renato foi um dos alvos e, de acordo com relatório da corporação, ele foi investigado por propagar notícias falsas.
Em nota nas redes sociais, o blogueiro afirmou se sentir "honrado" por ter sido indiciado ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 35 pessoas. O grupo é acusado de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
"A conduta criminosa que me é atribuída é a de reportar, com precisão, os acontecimentos envolvendo o alto comando do Exército brasileiro", escreveu. O documento final da investigação da PF conta com mais de 800 páginas e foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) com relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
O indiciamento ocorreu na quinta-feira, enquanto o tenente-coronel Mauro Cid prestava novo depoimento ao STF, sob suspeita de ter emitido informações sobre o planejamento de um atentado contra o presidente Lula, o vice Alckmin e Moraes.
"Deixo claro: não respondo a intimidações, tampouco recuarei no exercício das minhas liberdades dadas por Deus. Tenho inclusive plena confiança de que os Estados Unidos, sob uma nova administração que valoriza a liberdade, tratarão esses acontecimentos com a gravidade que merecem", completou o ex-comentarista.