Um dia após ser o centro do noticiário nacional, com um anúncio de rompimento com o governo e um pronunciamento em cadeia nacional de TV e rádio, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), "desabafou" no Twitter, com 20 tweets seguidos.
Cunha procurou esclarecer nas publicações - que demonstravam pressa, com erros de digitação - denúncias de que ele teria tido uma conversa com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) a respeito de seu rompimento com o governo e sobre uma "futura citação de Temer por delatores".
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"Não tratei com ele em nenhum momento de futura citação dele por delatores", afirmou Cunha. "É importante reafirmar que minha decisão de ontem foi de caráter e em meu nome pessoal", ressaltou.
O presidente da Câmara aproveitou a "chuva de tweets" para dizer que não mudará sua postura na liderança da Casa. "Vou me conduzir da mesma forma que venho me conduzindo, com independência e harmonia com os demais poderes", publicou. "Não existe pauta de vingança e nem pauta provocada pela minha opção pessoal de mudança de alinhamento politico", garantiu.
Cunha também defendeu mais uma vez que as declarações do delator Júlio Camargo são mentirosas. O empresário alega ter sido coagido pelo líder na Câmara para pagar suborno por contrato não realizado pelo fornecedor da Petrobras.
O peemedebista afirmou ainda que seus advogados vão ingressar com uma reclamação no STF contra o fato de ele ser citado em um processo que transcorre na Justiça do Paraná. "Quanto ao juiz do Paraná, ele não poderia dar curso à participação minha, como detentor de foro (privilegiado)", escreveu. "Meus advogados ingressarão com reclamação no STF", finalizou.
Confira o desabafo de Cunha no Twitter:
Boa tarde a todos.Em primeiro lugar quero desmentir as notas que estão em colunas de revistas sobre suposta conversa minha com Michel Temer
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Não tratei com ele em nenhum momento de futura citação dele por delatores.Isso não faz parte dos nossos dialogos
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
E importante reafirmar que a minha decisão de ontem,foi de caráter e em meu nome pessoal.Falei que ia defender no congresso do PMDB
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Não busquei e nem vou buscar apoio para isso,a não ser o debate na instância partidária competente
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
E também não busquei e nem vou buscar apoio fora do PMDB,ate porque cada partido tem e terá a sua postura dentro da sua lógica
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
O meu gesto não significará que estou buscando ganhar número para enfrentar e derrotar governo.
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Como Presidente da Camara vou me conduzir da mesma forma que venho me conduzindo,com independência e harmonia com os demais poderes
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Não existe pauta de vingança e nem pauta provocada pela minha opção pessoal de mudança de alinhamento politico
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
O que existe é eu como político e deputado exercer a minha militância defendendo a posição diferente do qie defendia antes
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Não tenho histórico de ajudar a implementar o caos na economia por pautas que coloquem em risco as contas publicas
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
E aproveito para mais uma vez desmentir com veemencia o conteúdo da nova versão do delator
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Quando alguém cita um fato mentiroso,inventado, após várias versões diferentes,so existe uma resposta que desmentir com indignacao
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Não posso comentar detalhes de fatoss inexistentes dos quais não participei
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Para deixar bem claro,nao fujo de nenhuma explicação é sempre continuarei a dar
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Quanto a CPI,ela tem sua independência e autonomia,tanto que eu mesmo em respeito à ela já fui lá depor expontaneamente
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Alguns analistas querem colocar gestos meus como se resposta não tivesse para a nova versão do delator
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
A nota dele de resposta diz que não cabe a ele silenciar testemunhas,o que já ocorreu em vários depoiementos anteriores,
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Quanto ao juiz do Parana,nao fiz reparo a ele,so que realmente ele não poderia dar curso a participação minha,como detentor de foro
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
Por várias vezes em oitivas ele interrompia as testemunhas e dizia que não podia tratar de quem tinha foro de STF.Ao que parece ele mudou
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015
E quanto a isso meus advogados ingressarão com reclamação no STF
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
18 julho 2015