Nogueira: Bolsonaro ou Lula precisa do centro para se eleger

Ministro-chefe da Casa Civil entende que os dois candidatos à presidência em 2022 precisam desta estratégia

21 dez 2021 - 12h04
(atualizado às 12h39)

Antes aliado do PT e agora ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira fez o seguinte diagnóstico para as eleições presidenciais de 2022: há dois extremos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e quem deles atrair o centro ganhará a disputa.

Ciro Nogueira acredita que Bolsonaro e Lula tem que atrair o centrão
Ciro Nogueira acredita que Bolsonaro e Lula tem que atrair o centrão
Foto: ANTONIO MOLINA/FOTOARENA / Estadão

Em entrevista ao vivo ao jornal Valor Econômico, Ciro avaliou que o centro está mais propenso a apoiar o atual presidente e classificou a perspectiva de uma terceira via no País como "praticamente nula". "A tentativa do Lula é atrair o centro", declarou o ministro, ao comentar o primeiro encontro público entre o petista e o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), durante jantar do grupo de advogados Prerrogativas no último domingo.

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Os antigos adversários hoje negociam uma aliança para as eleições. "São dois grandes homens públicos, mas com trajetórias de vida completamente diferentes. É um cruzamento de porco espinho com capivara. Não vejo que essa aliança possa ter resultado na eleição", minimizou Ciro Nogueira. "Tenho certeza de que as pessoas de bom senso vão reeleger o presidente", acrescentou.

Na avaliação do chefe da Casa Civil, o "Lula atual" é uma "ilusão de ótica". "Ele está tentando esconder a foto dele com a Dilma. O Lula da campanha, o que vai governar, é o Lula da Dilma, da Gleisi, do Zé Dirceu. São pessoas que a grande maioria da população não quer ter de volta", disse na entrevista.

Ciro Nogueira, que apoiou Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições de 2018 contra Bolsonaro, ainda evidenciou a centralidade da economia na disputa, "A determinação do presidente é focar em duas vertentes: reduzir a inflação e aumentar a oferta de emprego", afirmou o ministro. "O que pudermos atrair de bancos para financiar a população de baixa renda, vamos usar de todas as formas possíveis".

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