Nomes na lista tríplice para o TRE-PR já tiveram relação com Moro e Deltan; tribunal julgará senador

O ex-juiz é processado pelo PT e pelo PL, em ações distintas, que questionam seus gastos com pré-campanha

2 fev 2024 - 19h14
(atualizado às 20h32)
O senador Sergio Moro (União-PR)
O senador Sergio Moro (União-PR)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os nomes aprovados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que estão na lista tríplice que irá recompor a formação do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) já tiveram algum nível de relação com o ex-deputado Deltan Dallagnol e o senador Sergio Moro  (União Brasil-PR). O magistrado a ser escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o TRE-PR irá participar de uma ação que, em caso de condenação, pode culminar na cassação de Moro.

A expectativa é que Lula escolha o novo integrante do tribunal ainda antes do carnaval. Depois disso, quando o colegiado estiver completo, processos como o de Moro poderão ir a julgamento. O ex-juiz é processado pelo PT e pelo PL, em ações distintas, que questionam seus gastos com pré-campanha. Confira a relação entre cada um dos nomes cotados para o TRE-PR e o senador. Confira:

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  • José Rodrigo Sade

Segundo o jornal O Globo, o advogado já defendeu o ex-deputado Deltan Dallagnol, procurador durante a Operação Lava Jato, da qual Moro foi juiz. Como membro substituto do TRE-PR, Sade chegou a se declarar impedido de avaliar ações relativas ao ex-cliente.

Sade é pós-graduado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Direito Contemporâneo e aluno ouvinte da Harvard Law School. Até 2022, pelo menos, ele era sócio de um tradicional escritório de advocacia de Curitiba, onde era responsável pelo setor de Contencioso Estratégico.

Roberto Aurichio

Integrou o TRE-PR como membro substituto no mesmo período que Sade, como apontou O Globo. Ele também chegou a se deparar com ações que envolviam Deltan. Em setembro de 2022, por exemplo, o então candidato a deputado federal comemorou nas redes sociais uma decisão de Aurichio que determinava que sites de esquerda deixassem de veicular que a postulação de Deltan teria sido indeferida.

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Ele é graduado em Direito pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas e possui especialização em Direito e Processo Penal Aplicados pelo Centro Universitário Positivo. Tem experiência na área de Direito com ênfase em Direito Público.

Graciane Aparecida do Valle

Foi magistrada substituta no TRE-PR, tendo tomado posse em 2017. Dois anos depois, ela passou a integrar o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (CNSP) na condição de membro "com notórios conhecimentos na área de políticas de segurança pública e defesa social e com reputação ilibada".

Como mostrou o jornal, a publicação no Diário Oficial que oficializou a nomeação de Valle Lemos para o órgão, em julho de 2019, foi assinada pelo próprio Sergio Moro, que à época era ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL). Posteriormente, ela foi reconduzida duas vezes ao posto, que permanece ocupando na gestão petista.

Fonte: Redação Terra
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