O partido Novo é a agremiação que possui menos negros, pardos e pretos entre seus candidatos. Entre os 414 que se registraram na Justiça Eleitoral para disputa cargos nas eleições deste ano, somente 60 se declararam pretos ou pardos. É a menor taxa de negros de todos os partidos, apenas 14,5%. Levando em conta todos os partidos essa taxa é de 46,3%, sendo que na população brasileira, é 54,9%.
O Novo também é a mais branca de todas as legendas - 84,5% de seus candidatos se declararam dessa cor. Para cada candidato do Novo que se declarou preto há outros 70 concorrentes brancos, segundo dados da Justiça Eleitoral.
Assim como PCO, PROS e PMN, o Novo não tem nenhum candidato indígena.
O segundo partido com a menor concentração de negros (pretos e pardos) é uma sigla bastante distante do espectro ideológico do Novo: o PCO (Partido da Causa Operária). Apenas 31,7% de seus candidatos se declararam pretos ou pardos. Como o PCO é um partido nanico, pequeno também é o número de candidaturas negras, apenas 40 - a menor entre todas as siglas.
Dos 35 partidos brasileiros, só dois deles têm sobrerrepresentação negra - porcentual maior que a média nacional. São eles: PCdoB e PTC. Entretanto, essa prevalência de negros (pretos e pardos) é muito próxima da proporção do total da população brasileira (mais informações nesta página). Ou seja, os partidos mais negros não possuem maior representação que a média brasileira.
No PC do B mais da metade de suas candidaturas (56%) são compostas por pessoas que se declaram como pretas ou pardas ao TSE. No PTC a proporção é de 55,5%.
Os partidos mais próximos dos equilíbrio são PSOL e Rede, 54,4% e 54,3% respectivamente de negros entre seus postulantes a cargos eletivos em 2018. Se considerarmos os números absolutos, o PSOL registrou o maior número de candidatos autodeclarados negros este ano: 728. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.