O que pensam eleitores de SP, Rio, Recife e BH sobre uso de arma de fogo por guardas municipais?

Apoio ao uso de arma de fogo pelas guardas municipais é predominante em São Paulo, Recife e Belo Horizonte; no Rio, maior parte dos eleitores rejeita a medida

19 set 2024 - 15h43

A Quaest divulgou nesta quarta-feira, 18, pesquisas de intenção de voto às prefeituras de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife. Os levantamentos, além de mostrarem as preferências de voto do eleitor, avaliaram o apoio dos entrevistados ao uso de arma de fogo pelas guardas municipais das respectivas capitais.

Numericamente, o apoio mais representativo ao uso de arma de fogo pelas guardas é dos paulistanos, enquanto os cariocas são os mais contrários. Assim como em São Paulo, nas capitais de Minas Gerais e Pernambuco, os eleitores são mais favoráveis ao uso de arma de fogo.

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Arma de fogo: eleitores foram questionados sobre apoio ao uso de arma pelas guardas municipais
Arma de fogo: eleitores foram questionados sobre apoio ao uso de arma pelas guardas municipais
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

Como mostrou o Estadão, cresce o número de cidades brasileiras que, como resposta ao aumento da violência urbana, aderem à criação de uma guarda municipais. Em 2023, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), foram 1.467 as cidades nas quais foram identificadas a operação de uma guarda municipal. A própria organização, porém, faz ressalvas pelos "desafios metodológicos" que enfrentou ao cruzar fontes distintas e apontar um crescimento de 23,5% em relação a um dado de 2019 registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Como efeito, o "modus operandi" entre as forças de segurança é irregular, prejudicando o planejamento de políticas públicas. Além disso, a fiscalização das instituições acaba comprometida. Estima-se que 70% das guardas municipais do País não cumpram à risca uma lei sancionada em 2014 que regulamenta o escopo de atuação das guardas de municípios.

São Paulo (SP)

Entre os paulistanos entrevistados pela Quaest, 60% se dizem favoráveis ao uso de armas de fogo pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), enquanto 37% se dizem contrários. São 5% os que não sabem ou não quiseram responder. A GCM usa arma de fogo, como carabinas, pistolas e fuzis, desde 2022.

Rio de Janeiro (RJ)

O Rio de Janeiro vai na contramão das demais capitais pesquisadas pelo levantamento. Entre os cariocas, o apoio ao uso de arma de fogo pela guarda da cidade não é predominante. São 57% os que desaprovam a medida, ante a 38% de eleitores favoráveis. São 5% os entrevistados pela Quaest no Rio que não souberam responder. O Rio de Janeiro tem mais de 7 mil agentes municipais que hoje usam apenas equipamentos não letais.

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Recife (PE)

Entre os eleitores da capital pernambucana, são 58% os que aprovam o uso de arma de fogo pela guarda municipal, enquanto 36% são contrários à medida. Não souberam ou não quiseram responder 6% dos entrevistados. Recife não possui um plano de regulamentação para uso de armas pelos 1,7 mil guardas.

Belo Horizonte (MG)

Entre os eleitores de Belo Horizonte, são 58% os que aprovam o uso de arma de fogo pela guarda municipal, enquanto 37% são contrários e 5% não responderam. Na capital mineira, a guarda pode usar arma de fogo desde 2015, a partir da realização de exames de manejo e capacidade psicológica.

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