A organização de defesa das minorias Survival decidiu eleger "Racista do Ano" ao deputado brasileiro do Partido Progressista Luis Carlos Heinze, por seus comentários sobre os indígenas, homossexuais e negros em seu país.
Segundo informou a própria organização, a nomeação de "Racista do Ano" coincide com o Dia Internacional para a eliminação da discriminação racial, realizado amanhã.
Survival destacou os "comentários ofensivos" do político brasileiro perante alguns coletivos minoritários do Brasil.
"No mesmo governo, seu Gilberto Carvalho, também ministro da presidenta Dilma, estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas, tudo que não presta, e eles têm a direção e o comando do governo", disse Heinze em uma audiência pública realizada no município de Vicente Dutra (RS) em novembro de 2013.
A Associação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) escreveu uma carta ao ministro da Justiça para denunciar uma campanha de "discriminação, racismo e extermínio dos povos indígenas".
Luis Carlos Heinze, engenheiro agrônomo e agricultor de 63 anos, é membro da Igreja Evangélica Luterana e até janeiro de 2014 foi deputado federal pelo Rio Grande do Sul, de mais de 11 milhões de habitantes.
Em edições passadas, Survival elegeu "Racistas do ano" o jornal peruano "Correio" por chamar de "selvagens" e "primitivos" os indígenas e o jornal paraguaio "La Nación" por comparar os índios paraguaios com o câncer.