A Polícia Federal prendeu preventivamente, na manhã deste domingo, 24, três suspeitos de mandar matar Marielle Franco e Anderson Gomes: Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa. Segundo informações do jornal O Globo, a operação foi antecipada para este final de semana para preservar o "fator surpresa", já que havia potencial risco de fuga dos investigados.
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Para evitar vazamentos, as informações sobre a ação policial foram compartimentadas. De acordo com o veículo, agentes responsáveis por executar os 12 mandados de buscas e apreensões no Rio de Janeiro receberam informações genéricas sobre o caso. Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em complemento, segundo o jornalista César Tralli, da Rede Globo, a decisão de antecipar a operação foi tomada na noite de quinta para sexta-feira, em Brasília. Foram envolvidas as cúpulas da Procuradoria Geral da República (PGR), da Polícia Federal (PF) e auxiliares do Supremo Tribunal Federal (STF).
A urgência foi devido à homologação da delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, na última terça-feira, 19. Detalhes da delação começaram a ser divulgados e poderiam atrapalhar a operação. Além disso, foram encontrados indícios de que parentes dos alvos do inquérito estavam se movimentando para deixar o Brasil.
A Operação Murder Inc., como foi nomeada, contou com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro, da Secretaria Nacional de Políticas Penais e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Além de ter como alvo autores intelectuais do crime de homicídio, também estão sendo apurados crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.