Após a série de protestos que aconteceu em diversas cidades do Brasil e do exterior, neste domingo (15), alguns partidos da oposição engrossaram o grito de "Fora PT" com comunicados oficiais a respeito dos atos e da repercussão que eles causaram.
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O partido Solidariedade (SDD), por exemplo, informou por meio de nota que passou a recolher assinaturas para um abaixo-assinado que pedirá o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Defensora do governo Dilma encara ato a favor do impeachment
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“As manifestações de hoje só mostram que o Solidariedade tem razão. A Dilma não tem mais condições de dirigir o Brasil. É hora do impeachment”, afirma o presidente nacional do Solidariedade, o deputado federal Paulinho da Força.
Mulher pelada participa de ato contra Dilma em SP
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O ex-jogador de futebol Ronaldo Nazário e a cantora Wanessa Camargo estiveram em um dos carros de som do partido, na Avenida Paulista, em São Paulo. “Nós estamos comprometidos com a mudança do Brasil. Estamos cansados de corrupção”, discursou Ronaldo. “Estamos cansados de pagar e não ter nada de volta”, disse Wanessa, que cantou o hino nacional.
Em diversas cidades do Brasil também aconteceram manifestações que reuniram milhares de pessoas pedindo o impeachment da presidente. Tais protestos foram o assunto de uma entrevista coletiva cedida pelo governo no início da noite deste domingo. Na coletiva, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria Geral) falaram em nome da presidente.
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Pronunciamento do governo é recebido com panelaço
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O líder do Democratas (Dem) no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), disse que compareceu ao protesto na Avenida Paulista, mas que considerou a entrevista coletiva dos ministros "desconectada com a realidade".
"Se os porta-vozes da presidente Dilma tivessem a mínima sabedoria para entender o que aconteceu, não teríamos uma entrevista tão desconectada da realidade e mais uma vez essa tentativa de jogar a responsabilidade na reforma política. A arrogância, aliada à corrupção, cegou a presidente e seus ministros", declarou.
Caiado também comparou Dilma a Luís XIV - monarca absolutista francês - e afirmou que espera que ela seja investigada, assim como outros políticos têm sido, na Operação Lava-Jato. "A responsabilidade agora recai 100% sobre os ombros do Congresso Nacional e do Judiciário. Se a Dilma ao estilo Luís XIV é insensível ao clamor popular, esses dois poderes têm que tomar as decisões", disse.
"Saio de hoje convencido sobre a necessidade de levá-la para a lista dos investigados. É o mínimo que se espera da Procuradoria e do Supremo Tribunal Federal", defendeu.