Orçamento secreto vai deixar Mensalão 'no chinelo', avalia Tebet

Terceira colocada na eleição presidencial, a senadora analisou o mecanismo utilizado pelo Executivo para angariar apoio no Congresso

14 out 2022 - 19h58
(atualizado às 21h52)
Foto: Carla Carniel / Reuters

Terceira colocada na eleição presidencial, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) analisou que o orçamento secreto - mecanismo utilizado pelo Executivo para angariar apoio no Congresso - deve se igualar ao esquema do Petrolão, mas que irá deixar o escândalo do Mensalão "no chinelo". Após classificá-lo como um dos "maiores esquemas de corrupção da história do Brasil", ela justifica tal avaliação ao dizer que houve uma tentativa de se institucionalizar a corrupção nos Poderes.

Em conversa com jornalistas após palestra na Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta sexta-feira, 14, a senadora declarou: "O orçamento secreto vai se mostrar um dos maiores esquemas de corrupção da história do Brasil. Se igualando ao Petrolão e deixando no chinelo o Mensalão."

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Para ela, a tentativa de institucionalização da corrupção através do orçamento secreto se evidencia a partir do envolvimento de mais de uma esfera do Poder. Nesta manhã, a senadora havia comemorado, via redes sociais, as primeiras prisões ligadas ao esquema. As prisões foram feitas pela Polícia Federal (PF) no Maranhão, em que o escândalo de corrupção, supostamente, atinge o Sistema Único de Saúde (SUS). "É a ponta do iceberg; vai virar uma anedota em livro de histórias", disse Tebet.

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Na palestra realizada nesta tarde na FGV, a senadora reforçou sua postura a favor das instituições e declarou que seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como foco a defesa da democracia. Segundo ela, o discurso de combate à corrupção não deve ser tão decisivo na escolha entre o petista e o presidente Jair Bolsonaro (PL). "Corrupção por corrupção, sim, aconteceu no Mensalão e está acontecendo nesse governo", disse.

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