Os recados de Lula, Barroso e Moraes a Zuckerberg e big techs no 8 de Janeiro

Integrantes do governo e o presidente do STF citaram a desinformação como a causa do vandalismo nos Três Poderes; Zuckerberg anunciou fim da checagem de fatos nas redes sociais da Meta nesta terça

8 jan 2025 - 20h10

BRASÍLIA - Nas solenidades que recordaram os dois anos dos atos golpistas de 8 de Janeiro, integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Supremo Tribunal Federal (STF) aproveitaram os discursos sobre a defesa da democracia para mandar recados às big techs e ao bilionário Mark Zuckerberg, dono da Meta (administradora das redes sociais Instagram, Facebook e WhatsApp).

Zuckerberg anunciou nesta terça-feira que vai acabar com a checagem de informações e reduzir a moderação de conteúdo em suas plataformas, medidas que devem impulsionar a desinformação nas redes sociais. O governo federal acredita que a falta de moderação na internet vai se tornar um combustível para ataques à democracia como o presenciado no 8 de Janeiro.

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Luiz Inácio Lula da Silva

Nos bastidores do evento, o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, disse que a decisão da Meta é "ruim para a democracia". Rodeado por jornalistas, ele também defendeu a regulação das redes sociais e afirmou que o Brasil pode ter as suas próprias regras para combater as fake news.

"Isso é ruim para a democracia. Porque você não faz o controle da proliferação do ódio, da desinformação, das fake news. Esse é o problema, precisa ter um controle. É preciso ter uma regulamentação das redes sociais. Isso está acontecendo na Europa", disse o novo ministro da Secom.

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