Padilha diz que Bolsonaro deixou "bomba social", que será desmontada por ministério

O novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais ressaltou trabalho que será feito com equipe diversa

1 jan 2023 - 17h21
(atualizado às 19h03)
Lula e o novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha
Lula e o novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha
Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS / BBC News Brasil

O novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou neste domingo, 1º, que a expectativa para o novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é que seja reabilitado o bom ambiente entre as instituições do País. Em entrevista ao Terra, Padilha disse ainda que Bolsonaro deixou uma "bomba social", que deve ser desmontada pelo ministério ao qual está à frente.

"O presidente Lula fez questão de recriar o Ministério das Relações Institucionais, exatamente porque ele quer fazer um programa de reabilitação de um bom ambiente funcional. Começar, inclusive, agradecendo ao Congresso Nacional já deu uma demonstração neste final de ano de compromisso com o Brasil", disse o ministro.

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Ele ressaltou ainda qual será o trabalho dos parlamentares neste governo. "No Congresso Nacional, parlamentares que vão compor a base do governo do presidente Lula e parlamentares da oposição tiveram a responsabilidade de aprovar uma emenda constitucional que desmonta a verdadeira bomba social que o Bolsonaro criou ao tentar deixar ao governo sem tanque, sem combustível para manter o Bolsa Família, auxílio emergencial, recursos para a área da educação, do Farmácia Popular, da assistência social", ponderou.

Dessa forma, Padilha acredita que o Congresso Nacional já está comprometido com a mudança. "O Congresso Nacional já mostrou o compromisso e responsabilidade que tem com os problemas do nosso País, e para nós isso já ajuda a criar um bom ambiente institucional. Vamos fazer a reabilitação do ambiente institucional do nosso País", reforçou.

Padilha esteve com Lula no dia anterior à posse e disse que o clima já era de muita alegria. "Até ontem, às 18h, estava muito animado. Estava feliz, a gente estava despachando juntos, era até difícil porque o pessoal estava cantando lá fora. A gente estava bastante feliz, o pessoal naquele clima de vigília, muito animado. Ele [Lula] recebeu algumas autoridades internacionais e estava muito disposto, e acredito que vai contribuir para retomar a esperança do nosso País".

Diversidade no ministério

Os quadros do ministério devem contar com diversidade e diferentes competências, de acordo com o ministro. "É o primeiro passo da montagem de governo, ter quadros competentes, pessoas com responsabilidade, competência e experiência administrativa, pessoas que representam segmentos diferentes da sociedade. É o ministério com maior participação de mulheres, é o ministério com o maior número de negros, todas as regiões do País estão representadas, e é o ministério com o maior número de partidos nos quadros", explicou.

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Agora, o desafio será conciliar os problemas a serem resolvidos no Brasil. "Então, foi feito o primeiro passo do governo que começa a ser montado, mas temos vários passos nessa caminhada ainda, e a preocupação maior na montagem do governo é você não só conciliar governabilidade, mas principalmente ter pessoas competentes que representam a sociedade nos partidos e que querem enfrentar os problemas que o Brasil tem. Desafios emergenciais como a fome, a recuperação ambiental, enfrentar as filas na área da saúde, recuperação da aprendizagem educacional, e criar um ambiente de crescimento, geração de emprego, reposicionar o Brasil no mundo. O primeiro passo foi dado", disse Padilha.

*Com colaboração de Marcela Ferreira

Fonte: Redação Terra
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