Relatório da Polícia Federal aponta indícios de que o ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, tenha envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, acusado de chefiar um suposto esquema de lavagem de dinheiro que, segundo a PF, movimentou cerca de R$ 10 bilhões, e preso durante a Operação Lava Jato. As informações são do Jornal Nacional.
De acordo com a reportagem, a PF analisou 270 mensagens trocadas entre 19 de setembro de 2013 e 12 de março deste ano entre Youssef e o deputado André Vargas (PT-PR). Em uma troca de mensagens no dia 28 de novembro de 2013, o nome “Padilha” é citado. Para a PF, a citação se refere ao ex-ministro.
Segundo documentos da PF, Vargas diz a Youssef que Padilha teria indicado um executivo para o Labogen, laboratório que pertence ao doleiro e teria sido usado em um esquema de lavagem de dinheiro.
A PF aponta que o indicado na conversa entre o doleiro e o deputado seja Marcus Cezar Ferreira de Moura, coordenador de promoção de eventos da assessoria de comunicação do Ministério da Saúde na gestão de Padilha na pasta. Moura participou de reuniões no Labogen após a troca de mensagens interceptada pela polícia.
O relatório da polícia indica que existem indícios de que os envolvidos na investigação se preocupavam em colocar à frente do Labogen uma pessoa que não levantasse suspeita das autoridades.
Padilha negou ter indicado o executivo. Vargas afirmou que não recebeu do ex-ministro nenhuma indicação.