Com a disparada da reprovação de seu governo, a presidente Dilma Rousseff determinou nesta segunda-feira a seus ministros que aprimorem a gestão de seus ministérios, com a redução de burocracias em favor dos cidadãos. Em reunião no Palácio do Planalto, integrantes da coordenação política discutiram uma agenda positiva para o País e devem anunciar novas iniciativas nas próximas semanas.
“A presidente deu uma ênfase muito forte na questão da gestão. Queremos o foco no cidadão e que todos os ministérios possam estabelecer e adotar procedimentos que possam melhorar a burocracia e os gastos públicos”, disse a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), escalada para comentar a reunião em entrevista coletiva ao lado do titular da pasta das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e Nelson Barbosa, do Planejamento.
Segundo Kátia, Dilma disse que mecanismos de ministérios e superintendências precisam ser modernizados. “A presidente determinou que todos repetissem o mesmo processo, para que a burocracia possa ser superada, focando no cidadão e invertendo a lógica do que se costuma se ver em todas as esferas.”
Também ficou acertado na reunião que o governo vai mudar a estratégia de comunicação com a sociedade. Caberia à Secretaria de Comunicação Social organizar a comunicação entre os ministros, para que todos tenham a mesma linguagem e estratégia. O titular da pasta, Thomas Traumann, não participou da reunião.
Concessões
Na entrevista coletiva, Nelson Barbosa disse que o governo estuda ampliar as concessões de aeroportos para a iniciativa privada. Além do planejamento envolvendo os aeroportos de Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, já anunciados por Dilma, outra manifestação de interesse deve ser anunciada “nos próximos dias”.
Um dos porta-vozes da reunião, Gilberto Kassab minimizou as notícias sobre uma suposta saída do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da atuação na articulação política. Segundo ele, a atribuição é centrada no ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, com o apoio dos demais ministros e líderes da base. “É uma atribuição coletiva, não é individual.”
Os ministros negaram qualquer discussão sobre o nome do novo ministro da Educação, após saída de Cid Gomes.