O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), se manifestou nesta sexta-feira, pelo Facebook, sobre a crise pela qual passa seu governo, após as saídas dos secretários de Educação e Segurança Pública e do comandante geral da Polícia Militar (PM), ocasionadas pela repressão violenta da PM a uma manifestação de professores no dia 29 de abril, em Curitiba. "Tenho consciência que nada apagará da minha alma a tristeza que sinto com este episódio, lamentável sob todos os lados. Não pouparei esforços para restabelecer o diálogo com os servidores e com a sociedade paranaense, porque é nisso que eu acredito, no entendimento, na busca do bem comum", escreveu o governador.
Esta foi a primeira manifestação de Richa condenando o episódio. Logo após a repressão policial, que terminou com ao menos 170 manifestantes feridos, o governador culpou "black blocs" infiltrados no protesto pelo início da violência.
"Toda e qualquer forma de violência deve ser repudiada. Sofro com isso mais do que você possa imaginar. Quem me conhece sabe que sempre fui uma pessoa acessível, aberta, uma pessoa do diálogo. A verdade é que o confronto nunca é desejável. Principalmente para quem, como eu, cultiva valores éticos e cristãos. Sempre acreditei que o respeito às ideias divergentes é um dos pilares da democracia e não posso concordar jamais com atitudes que coloquem em risco a vida de alguém. Venha de onde vier, a violência e a intolerância são sempre condenáveis.", continuou o tucano.
Os docentes do Estado estão em greve e têm recebido demonstração de apoio de diversos setores da sociedade paranaense. O desgaste do governo pelo episódio fez o então secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, e o comandante geral da PM, Cesar Vinicius Kogut, trocarem acusações. Francischini afirmara que não teria sido informado da ação da PM. Kogut e outros 15 coroneis da corporação assinaram um manifesto de repúdio às declarações do secretário, relatando que ele esteve a par de toda a estratégia adotada. Ambos acabaram caindo, assim como já havia deixado o cargo o secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira.
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Confronto entre a PM do Paraná e os manifestantes saiu do controle na tarde desta quarta-feira. Dezenas de pessoas ficaram feridas e a prefeitura de Curitiba considerou "abusiva" a ação policial
Foto: Joka Madruga
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Confronto entre a PM do Paraná e os manifestantes saiu do controle na tarde desta quarta-feira. Dezenas de pessoas ficaram feridas e a prefeitura de Curitiba considerou "abusiva" a ação policial
Foto: CUT-PR
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Manifestante ferido foi atendido em um hospital municipal
Foto: Prefeitura de Curitiba
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Confronto entre a PM do Paraná e os manifestantes saiu do controle na tarde desta quarta-feira. Dezenas de pessoas ficaram feridas e a prefeitura de Curitiba considerou "abusiva" a ação policial
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Confronto entre a PM do Paraná e os manifestantes saiu do controle na tarde desta quarta-feira. Dezenas de pessoas ficaram feridas e a prefeitura de Curitiba considerou "abusiva" a ação policial
Foto: CUT-PR
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Foto: CUT-PR
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Foto: CUT-PR
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Foto: CUT-PR
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Foto: CUT-PR
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Foto: CUT-PR
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Confronto entre a PM do Paraná e os manifestantes saiu do controle na tarde desta quarta-feira. Dezenas de pessoas ficaram feridas e a prefeitura de Curitiba considerou "abusiva" a ação policial
Foto: APP Sindicato
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Foto: APP Sindicato
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Foto: APP Sindicato
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Foto: APP Sindicato
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Foto: Joka Madruga
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Foto: APP Sindicato
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Foto: APP Sindicato
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Foto: Joka Madruga
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Foto: Joka Madruga
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Foto: Joka Madruga
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Cinegrafista da Catve foi atingido durante o conflito
Foto: Catve
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Confronto teve início da sessão na Assembleia
Foto: Catve
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Sessão foi continuada mesmo com o confronto acontecendo do lado de fora da Alep
Foto: Catve
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Professores são reprimidos pela PM no Paraná
Foto: Catve
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Professores são reprimidos pela PM no Paraná
Foto: Catve
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Professores são reprimidos pela PM no Paraná
Foto: Catve
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Professores são reprimidos pela PM no Paraná
Foto: Catve
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Professores são reprimidos pela PM no Paraná
Foto: Catve
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Protesto de professores terminou em batalha campal em Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Manifestante usou máscara para se proteger do gás lançado pela Polícia Militar
Foto: Agência Paraná
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Homem é imobilizado por um policial no centro de Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Manifestante detido pela Polícia Militar
Foto: Agência Paraná
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Policial foi atingido por tinta lançada pelos manifestantes
Foto: Agência Paraná
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Homem com mãos amarradas e boca amordaçada protesta no centro de Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Manifestantes se protegeram até com tampas de caldeirão para cozinhar
Foto: Agência Paraná
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Fotógrafos se abrigaram em pontos de ônibus em Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Tropa de Choque foi chamada para agir no Centro Cívico de Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Manifestante mascarado em ato na capital paranaense
Foto: Agência Paraná
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Polícia lançou muitas bombas durante o ato
Foto: Agência Paraná
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Mulher ferida é atendida em Curitiba
Foto: Gabriel Rosa
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Tropa de Choque avançando em direção aos manifestantes
Foto: Orlando Kissner
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Homem com a camisa do Corinthians é detido por policiais à paisana
Foto: Orlando Kissner
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Manifestante é levado por dois homens em Curitiba
Foto: Orlando Kissner
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Vários foram detidos após o confronto com a polícia
Foto: Orlando Kissner
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Manifestante foge das bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia
Foto: Gabriel Rosa
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Homem levou um tiro de borracha na região do pescoço
Foto: Gabriel Rosa
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Prefeitura de Curitiba socorreu mais de 150 manifestantes feridos
Foto: Everson Bressan
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Homem com ferimento no braço após ato no Paraná
Foto: Everson Bressan
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Mulher é atendida por profissionais da saúde
Foto: Everson Bressan
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Samu analisa ferimento em manifestante
Foto: Everson Bressan
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Homem chuta bomba lançada pela Polícia Militar
Foto: Agência Paraná
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Protesto de professores terminou em batalha campal em Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Protesto de professores terminou em batalha campal em Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Protesto de professores terminou em batalha campal em Curitiba
Foto: Agência Paraná
No momento do confronto, os professores protestavam em frente à Assembleia do Paraná contra projeto do Executivo que alterou a ParanaPrevidência, e que estava sendo votado pelo Legislativo. Richa negou que o projeto represente perda de direitos aos servidores públicos: "Ao contrário do que alguns tentaram dizer à população, as mudanças na ParanaPrevidência não retiram nenhum direito dos servidores públicos. O Estado também não vai sacar os recursos lá depositados, que só podem ser usados para o pagamento de aposentados e pensionistas. O que houve foi apenas uma alteração no plano de custeio de aposentados e pensionistas. E o Estado do Paraná continua sendo o responsável maior pelo pagamento desses benefícios", escreveu.
Por fim, o governador tucano pediu para "virar a página": "O Paraná precisa do esforço e do compromisso de cada um de nós para seguir adiante. Vamos virar a página do “quanto pior, melhor”. Vamos acreditar que as crises podem e devem ser superadas. Com trabalho, determinação e verdade. Toda a estrutura do Governo está mobilizada para alcançar os resultados que o Estado precisa e merece".
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Beto Richa se defende de denúncias sobre propina em campanha
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Confira a íntegra do texto publicado por Beto Richa:
"O silêncio que guardei nos últimos dias serviu para uma reflexão profunda sobre os acontecimentos do dia 29 de abril, na Praça Nossa Senhora de Salete, em Curitiba. Desde então, adotamos uma série de medidas, que incluiu a troca de secretários e mudanças na legislação.
Entretanto, tenho consciência que nada apagará da minha alma a tristeza que sinto com este episódio, lamentável sob todos os lados. Não pouparei esforços para restabelecer o diálogo com os servidores e com a sociedade paranaense, porque é nisso que eu acredito, no entendimento, na busca do bem comum.
Toda e qualquer forma de violência deve ser repudiada. Sofro com isso mais do que você possa imaginar. Quem me conhece sabe que sempre fui uma pessoa acessível, aberta, uma pessoa do diálogo.
A verdade é que o confronto nunca é desejável. Principalmente para quem, como eu, cultiva valores éticos e cristãos. Sempre acreditei que o respeito às ideias divergentes é um dos pilares da democracia e não posso concordar jamais com atitudes que coloquem em risco a vida de alguém. Venha de onde vier, a violência e a intolerância são sempre condenáveis.
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Ao contrário do que alguns tentaram dizer à população, as mudanças na ParanaPrevidência não retiram nenhum direito dos servidores públicos. O Estado também não vai sacar os recursos lá depositados, que só podem ser usados para o pagamento de aposentados e pensionistas.
O que houve foi apenas uma alteração no plano de custeio de aposentados e pensionistas. E o Estado do Paraná continua sendo o responsável maior pelo pagamento desses benefícios.
Para que você tenha uma ideia, mesmo com a mudança, o Estado vai continuar gastando R$ 380 milhões por mês com o pagamento de 106 mil aposentados e pensionistas. Já a contribuição dos servidores continuará sendo de R$ 75 milhões por mês.
O nosso maior compromisso é com todos os paranaenses, que esperam mais investimentos em serviços essenciais, como saúde, educação e segurança, em obras de infraestrutura vitais para o crescimento econômico e a geração de novos empregos.
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Por tudo isso, peço humildemente a sua compreensão. O Paraná precisa do esforço e do compromisso de cada um de nós para seguir adiante. Vamos virar a página do “quanto pior, melhor”. Vamos acreditar que as crises podem e devem ser superadas. Com trabalho, determinação e verdade. Toda a estrutura do Governo está mobilizada para alcançar os resultados que o Estado precisa e merece".