Na última semana de definição de alianças políticas em Santa Catarina, os principais partidos políticos vêm “escondendo o jogo”. Apenas dois candidatos se apresentaram oficialmente para a disputa do governo do Estado: Afrânio Boppré, pelo PSOL, e Gilmar Salgado, do PSTU, já foram homologados pelas convenções regionais.
As indefinições seguem em relação à posição do PC do B, pleiteado para uma aliança com o PT e, principalmente, sobre a decisão do PMDB, que embora acene para uma coligação com o PSD, visando a reeleição de Raimundo Colombo, ainda pode surpreender e ter um candidato próprio.
Colombo formalizou na sexta-feira o convite para que os peemedebistas indiquem o vice e o PP, por sua vez, o candidato ao senado. Entretanto, as históricas divergências entre as lideranças progressistas e do PMDB vem atrapalhando a união. Oficialmente, Colombo ganhou até aqui o apoio do PSC em sua busca pela reeleição.
O PSDB também realiza uma convenção na próxima quinta, dia 26,e deve oficializar a candidatura do senador Paulo Bauer ao governo catarinense. A possibilidade é a de que o partido construa uma aliança com o deputado federal Paulo Bornhausen, que hoje comanda o PSB.
Seria o único palanque de Aécio Neves no estado, já que o atual governador já declarou apoio à candidata Dilma Rousseff na sucessão presidencial.
Pelos lados da oposição estadual, PT, PDT e PC do B ainda buscam um consenso. Nesta segunda, comunistas e trabalhistas promovem um encontro para discutir o posicionamento e a proposta do PT, que lançou o nome de Cláudio Vignatti ao governo estadual e busca lideranças para compor a chapa.
As principais convenções estão marcadas para o próximo domingo (PMDB) e segunda (PSD, PP, DEM e PT), onde o cenário catarinense para a sucessão deve ser definido.