Pastor Feliciano diz que comissão era "dominada por Satanás"

1 abr 2013 - 08h45

O deputado federal e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) recentemente empossado presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara (CDH) declarou que o colegiado era "dominado por Satanás" antes de sua chegada ao posto. A afirmação foi dada durante um culto em um ginásio de Passos (MG) na sexta-feira à noite. Ele foi recebido por protestos no local. "Essa manifestação toda se dá porque, pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de espírito santo conquistou o espaço que até ontem era dominado por Satanás". Na sequência, Feliciano criticou a realização de um seminário sobre "diversidade sexual na primeira infância" feito pelo órgão em 2012. "Eu morro, mas não abandono minha fé", gritou, que vem sendo acusado de ser homofóbico e racista. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo

A declaração do deputado não foi bem recebida por ex-presidentes da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. "Mais uma vez, ele mostra desequilíbrio, inclusive emocional, para presidir uma comissão. É um cargo que exige parcimônia, respeito", disse a deputada federal Manuela D´Ávila (PC do B-RS), que presidiu a CDH em 2011. A deputada federal Iriny Lopes (PT-ES), que dirigiu a mesma comissão em 2010, repudiou de maneira enfática a fala de Feliciano. Para ela, o deputado é um "vexame" e "empobrece o parlamento"."Esse pastor é um ridículo. É um vexame e deveria se mancar e não expor à Câmara ao ridículo", afirmou. Antecessor de Feliciano no cargo, Domingos Dutra (PT-MA) também criticou a declaração. "Cada vez que fala, ele se encrenca. Ele ofende os demais colegas", disse.

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Fonte: Terra
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