O presidente interino Michel Temer nomeou o ex-ministro Pedro Parente para a presidência da Petrobras, anunciou o Palácio do Planalto nesta quinta-feira (19/05).
Pedro Parente foi ministro do Planejamento, da Casa Civil e ministro interino de Minas e Energia no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele vai substituir Almir Bendine, nomeado em fevereiro de 2015, depois da renúncia de Graça Foster.
O novo presidente da Petrobras tem o desafio de lidar com a crise da estatal, fragilizada pelo escândalo de corrupção revelado pela operação Lava Jato e à baixa do preço internacional do petróleo.
Em entrevista coletiva ao lado do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, Parente afirmou que o processo de recuperação da empresa já teve início e que não haverá indicações políticas.
"A relação do governo com a Petrobras é de acionista controlador. Portanto, o seu primeiro interesse é o sucesso da empresa. É assim que o presidente Michel Temer vê, é assim que eu também vejo e é assim que a gente vai trabalhar. Teremos uma visão absolutamente profissional, voltada aos interesses da empresa e dos acionistas", disse.
A nomeação de Parente marca o retorno do executivo à Petrobras depois de 14 anos. Ele ocupou uma cadeira no Conselho de Administração da estatal.
Trajetória
Engenheiro, Parente é presidente do Conselho de Administração da BM&FBOVESPA e sócio de outras empresas ligadas ao setor financeiro. Ele já atuou como consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de secretarias estaduais e presidiu a unidade brasileira da trading de commodities Bunge.
Durante sua passagem na gestão de FHC, Parente foi presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia de 2001/2002 e coordenou a equipe de transição entre os governos de FCH e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2012, Parente entrou na lista das 100 personalidades mais influentes do Brasil na categoria construtores, de acordo com a revista Época.