A exumação do corpo do ex-presidente João Goulart terá auxílio de peritos e tecnologia estrangeira, supervisionados pela Polícia Federal. A presença de peritos do exterior é defendida pela família do ex-presidente, vítima de ataque cardíaco em 1976. A exumação poderá tirar as dúvidas sobre o suposto envenenamento de Jango, deposto pela ditadura. Como o gaúcho morreu na Argentina, onde corre investigação sobre o caso, peritos do país vizinho atuarão. Técnicos de Uruguai, França, Inglaterra, Rússia e da Cruz Vermelha também podem ser convidados. A definição saiu de encontro na quarta-feira no Rio de Janeiro entre a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e Rosa Cardoso, integrante da Comissão Nacional da Verdade (CNV). As informações foram publicadas na Zero Hora.
O Ministério Público Federal (MPF), a CNV e a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) pretendem acelerar a definição dos técnicos e marcar a data da perícia. Um novo encontro ocorrerá dia 30, em Porto Alegre, e deve reunir a família de Jango, os procuradores, a CNV e a SDH. A reunião deverá encaminhar a definição do corpo técnico e o pedido de autorização. A procuradora da República Suzete Bragagnolo, responsável pelo caso no MPF, optou por um pedido administrativo em vez de judicial, feito à prefeitura de São Borja, que administra o cemitério onde o ex-presidente está enterrado.