O governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), criticou nesta terça-feira o que classificou como “uma decisão unilateral” do governo de São Paulo – que diminuiu para um terço a vazão de água da Usina Hidrelétrica de Jaguari para o rio Paraíba do Sul.
Da usina, localizada entre as cidades paulistas de Jacareí e São José dos Campos, as águas partem para o rio Paraíba do Sul, que abastece Minas Gerais e cerca de 10 milhões de pessoas em território fluminense.
“São Paulo não pode tomar uma decisão unilateral. Eu confio muito no diálogo. Tenho certeza de que o governo federal, através da Agência Nacional de Águas, vai determinar o que tem que ser feito no Rio Paraíba do Sul, como sempre foi feito, há mais de 60 anos”, analisou Pezão.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) notificou, nesta terça-feira, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) para que amplie o volume de águas – a Cesp alega que seguiu determinação da DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica), cuja responsabilidade é do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB).
“O governo do Rio está obedecendo à lei federal. O Paraíba do Sul é um rio que tem regulação feita pela Agência Nacional de Águas. Portanto, os estados têm de seguir a legislação federal. Não podemos fazer disso uma batalha. A gente quer que o mediador, continue sendo o governo federal. Estamos cumprindo estritamente o que determina a lei”, ressaltou Pezão. Ambos os governos não descartam uma disputa judicial se não houver consenso nesta questão.
Nesta manhã, Pezão visitou o Porto do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense, e prometeu investimentos em infraestrutura – como o estímulo à construção de rodovias e ferrovias que facilitem o acesso a centros produtivos como o Complexo do Açu – e em educação – com a implantação de novos centros vocacionais tecnológicos.
Coligações partidárias: Dilma, Aécio e Eduardo Campos