O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB) saiu em defesa do seu padrinho político e conselheiro de campanha Sérgio Cabral (PMDB), nesta sexta-feira. Questionado sobre o fato de Cabral figurar na lista de 28 políticos supostamente beneficiados em negócios irregulares da Petrobras, conforme matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, ele se esquivou: “tem que dar direito das pessoas se defenderem. As pessoas citam o nome de outras, não se fala em quantias, valores...”.
Segundo Pezão, em sete anos e quatro meses em que esteve como vice-governador do mandato de Cabral, não viu “em nenhum momento nada que ocorresse no sentido de pedido de reivindicação de Petrobras, de presidência...”. Cabral foi uma das ausências mais comentadas no almoço oferecido pelo PMDB do Rio ao deputado e candidato à Presidência da Câmara Eduardo Cunha, nesta tarde, na capital carioca.
O governador disse não acreditar que as denúncias em série envolvendo empresas, como construtoras, vão atrapalhar o andamento de obras no Estado.
Segundo a reportagem do Estado, os 28 políticos, entre eles, o ex-ministro Antonio Palocci, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foram citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em 80 depoimentos do acordo de delação premiada. Eduardo Cunha também procurou minimizar a lista divulgada. Questionado sobre os nomes do PMDB – são oito no total – deu de ombros: “tem que mostrar que contexto é esse, para dar ao acusado o direito de defesa. Não me cabe julgamento prévio”.
Cunha também não se posicionou ao ser perguntado se seria favorável à cassação de parlamentares envolvidos na Operação Lava jato, que investiga as irregularidades na Petrobras. “Presidente (da Câmara) não tem que defender nem atacar ninguém. Para cassar alguém existe um rito no regimento. Não cabe ao presidente ser contra ou a favor”.