PF apreende quase R$ 3,2 milhões em nova fase da Lava Jato

Reais, dólares, euros e pesos argentinos foram encontrados na sede da empresa Arxo Indutrial, em Santa Catarina

7 fev 2015 - 13h40
(atualizado às 16h12)

A Polícia Federal apreendeu R$ 3,1 milhões na nona fase da Operacão Lava Jato, deflagrada na quinta-feira. A quantia foi encontrada na sede da empresa Arxo Indutrial, em Santa Catarina, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão autorizados pelo juiz federal Sérgio Moro. Também foram apreendidos 500 relógios de luxo e documentos.

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De acordo com a PF, foram aprendidos valores em reais (R$ 1,27 milhão), dólares (US$ 629,5 mil), euros (53 mil) e pesos argentinos (82). O dinheiro foi depositado em uma conta judicial na Caixa Econômica Federal.

De acordo com o advogado dos sócios da empresa, Leonardo Pereima, os valores encontrados seriam destinados ao pagamento de funcionários e de pró-labore de um dos sócios.

Para o Ministério Público Federal, os sócios Gilson João Pereira e João Gualberto Pereira e o diretor-financeiro Sergio Ambrosio Marçaneiro pagavam propina para obter contratos com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras - a Arxo comercializa tanques de combustível. Todos os executivos estão presos na Superintendência da Policia Federal em Curitiba (PR). 

No dia 16 de janeiro, uma ex-funcionária do departamento financeiro da Arxo, Cíntia Provesi Francisco, procurou o Ministério Público Federal (MPF) voluntariamente para denunciar os empresários. Aos investigadores ela relatou que a empresa pagava propina de 5% a 10% nos contratos com a BR Aviation, divisão da Petrobras que atua no abastecimento de aeronaves.

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A defesa dos sócios nega o pagamento de propina e afirma que eles nunca tiveram contato com Barusco, nem com Duque. O advogado Pereima afirma ainda qie as acusações decorrem de vingança da ex-funcionária, demitida por desviar cerca de R$ 1 milhão, segundo ele.

Nova fase

A nona fase da Lava Jato investiga 11 operadores de propina citados em depoimentos de delação premiada prestados por José Barusco Filho, ex-gerente de Serviços da Petrobras - a diretoria também já foi comandada por Renato Duque, que chegou a ser preso pela Lava Jato.

Em um dos depoimentos, Barusco disse que o Partido dos Trabalhadores (PT) recebeu até US$ 200 milhões em propina relacionados a 90 contratos da Petrobras entre 2003 e 2013. O PT nega todas as acusações.

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(Com informações da Agência Brasil)

Nova fase da Lava Jato: PF recolhe dinheiro durante buscas
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Fonte: Terra
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