PF: doleiro tem ligação com sócio de furnas em hidrelétrica

9 abr 2014 - 07h50

A GPI Participações e Investimentos, principal sócia de Furnas na usina hidrelétrica de Três Irmãos, é sócia do doleiro Alberto Youssef no laboratório Labogen segundo o relatório da Operação Lava Jato da Polícia Federal. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a empresa é presidida por Pedro Paulo Leoni Ramos, conhecido como PP, que foi secretário de Assuntos Estratégicos no governo de Fernando Collor. Nas investigações que levaram ao impeachment do ex-presidente e hoje senador, PP foi apontado como operador de um esquema de corrupção ligado à Petrobrás e aos fundos de pensão de empresas estatais do governo federal.

A sociedade da hidrelétrica ainda é composta pela Quality Holding Participações e Investimentos S.A e Linear Participações e Incorporações Ltda. Segundo a PF,  a Quality pertence à rede de empresas criadas por Alberto Youssef para movimentar seus negócios. Ela tem dois sócios e há indícios que ambos trabalhem para o doleiro.

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Um dos sócios é João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado e o outro é Matheus Oliveira dos Santos, Ambos informam como endereço comercial o mesmo da DGF - que, segundo a PF, é empresa de fachada de Youssef. A empresa, inclusive, é dona do apartamento onde mora o doleiro.

Matheus aparece trocando e-mails com dois executivos da Labogen, Pedro Argese Júnior, diretor executivo, e Leonardo Meirelles, presidente. Em um dos e-mails, Matheus diz a Leonardo que iria "pedir uma reunião de emergência na gpi" para levar um orçamento e obter dinheiro para concluir uma obra. Em outro e-mail, um dos sócios de Leoni Ramos na GPI, João Mauro Boschiero, manda os destinatários apagarem as mensagens. “Pedro e Leonardo (além de todos os que receberam os e-mails abaixo). D E L E T E M - N O U R G E N T E. As citações que foram feitas DERRUBAM NOSSO PROJETO", escreveu.

Ainda segundo o jornal, a Labogen tentava fechar um acordo de Parceria para Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Ministério da Saúde. Foi nesse processo que Youssef contou com a ajuda do deputado André Vargas (PT-PR). Documentos da PF ainda mostram que a Labogen também tinha planos para fornecer para a Petrobras. Procurada pelo Estadão, a GPI informou que só se manifestará após seus advogados terem acesso ao inquérito da PF. Negou, porém, que Boschiero seja diretor da Labogen, como informou a revista Época desta semana.

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Fonte: Terra
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