A Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e funcionários da sua campanha para prefeitura, em 2012, por suspeita de uso de caixa dois naquela eleição, de acordo com a PF.
A campanha de Haddad foi investigado em um desdobramento da operação Lava Jato, chamada Cifra Oculta. De acordo com a investigação da PF, a empreiteira UTC teria pago dívidas da campanha com uma gráfica no valor de 2,6 milhões de reais.
O dinheiro teria vindo de propinas da UTC por contratos com a Petrobras e usado na campanha a pedido do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. O ex-deputado estadual Francisco Carlos de Souza, teria recebido o dinheiro por meio das gráficas, ligadas a ele.
Vaccari foi indiciado também, além de Chico Macena, coordenador da campanha, e três outras pessoas que trabalhavam nas gráficas.
Em nota, a assessoria de Haddad diz que: "Não há o mínimo indício de qualquer participação de Fernando Haddad nos atos descritos por um colaborador sem credibilidade, cujas declarações já foram colocadas sob suspeita em outros casos."
A nota diz ainda que a PF desconsiderou o depoimento do dono da gráfica, que negou ter recebido recursos da UTC e também as provas que teriam atestado a suspensão da obra da UTC em São Paulo, o túnel da avenida Roberto Marinho. De acordo com a assessoria de Haddad, a construção foi suspensa em fevereiro de 2013, data anterior portanto ao suposto pagamento.