PF investiga elo entre suposto lobista do PMDB e Transpetro

17 nov 2014 - 08h16
(atualizado às 08h44)

Fernando Soares, o homem apontado como operador do PMDB no esquema de propinas na Petrobras, teria ligação com a Transpetro, subsidiária que atua no setor de navios, segundo indicam anotações da agenda do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, delator da Operação Lava Jato. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, no caderno apreendido pelos agentes federais em março, as anotações em sequência “FB” e “Navios” foram interpretadas como Fernando Baiano (apelido de Soares) e a subsidiária da estatal.

O registro indica ainda a data da reunião, como seria o encontro, assunto e valores de propina na Petrobras tratados entre Costa e o suposto operador do PMDB. Fernando Baiano teve a prisão decretada, mas fugiu na última sexta-feira.

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De acordo com o jornal, a PF suspeita que essa nova  frente de investigação possa atingir o presidente licenciado da Transpetro Sérgio Machado, que chegou ao cargo em 2004 por indicação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).  Segundo a PF, o delator afirmou ter recebido R$ 500 mil das mãos de Machado em 2012, em um pagamento referente a uma propina para a locação de navios, cuja a negociação foi intermediada pela diretoria da estatal sobe o comando de Costa.

Ainda nas anotações de Costa, aparece a sigla “QG”, que a Polícia Federal acredita se tratar da empreiteira Queiroz Galvão. Há ainda a anotação “Engevix (Gerson)”. Trata-se de Gerson Almada, outro dos 23 detidos na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

Por meio de sua assessoria, Sergio Machado declarou “ser mentirosa e absurda a acusação feita contra si por Paulo Roberto Costa”. O criminalista Mário de Oliveira Filho, que defende Baiano, também respondeu ao jornal. “O sr. Fernando não é lobista, nem operador do PMDB, mas representante no Brasil de duas empresas espanholas.” Já a Engevix, “por meio de seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”, diz em nota. A Queiroz Galvão não respondeu à reportagem do Estadão.

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Fonte: Terra
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