PF marca novo depoimento de Mauro Cid para 11 de março

Oitiva do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi marcada dias após o depoimento do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército

6 mar 2024 - 11h42
(atualizado às 12h06)
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fez acordo de delação premiada com a PF
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fez acordo de delação premiada com a PF
Foto: Wilton Junior/Estadão

A Polícia Federal (PF) marcou para a próxima segunda-feira, 11, o novo depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A oitiva, que ocorrerá na sede da corporação em Brasília, faz parte do acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro de 2023.

Conforme informações da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, entre os militares alinhados a Bolsonaro, existe a expectativa de que, nesse próximo depoimento, Mauro Cid aprofunde a análise do papel desempenhado por cada integrante do Exército. A percepção é que o ex-ajudante de ordens tentou proteger seus colegas das Forças Armadas envolvidos na suposta trama golpista, entretanto, o avanço das investigações pode fazer com que esses militares apareçam com mais ênfase em sua delação.

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Ele também deverá ser solicitado para fornecer mais detalhes sobre o envolvimento de Bolsonaro na suposta trama golpista. A trama, segundo investigações da PF, tinha como objetivo manter Bolsonaro no poder e impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. 

Além disso, a expectativa é que ele seja indagado sobre se Bolsonaro orientou a permanência dos acampamentos montados em frente aos quartéis que pediam uma "intervenção militar". Bolsonaro nega qualquer envolvimento em atividades contra a democracia.

Na condição de colaborador, o militar é obrigado a falar a verdade e responder a todas as perguntas durante o interrogatório, sob pena de ter o acordo de delação premiada cancelado. Antes de decidir colaborar com as autoridades, Cid permaneceu preso preventivamente por cinco meses, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.

O interrogatório do militar foi marcado dias após o depoimento do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Durante o depoimento, que durou mais de sete horas, o general respondeu a mais de 250 perguntas feitas pelos investigadores. Segundo fontes envolvidas na investigação, o general implicou o ex-presidente na suposta trama golpista.

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Fonte: Redação Terra
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