PF prende auditor que exigiu R$ 23 milhões para não multar

12 jun 2020 - 12h23
(atualizado às 13h05)
Viatura da Polícia Federal no Rio de Janeiro
26/05/2020 REUTERS/Pilar Olivares
Viatura da Polícia Federal no Rio de Janeiro 26/05/2020 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

A Polícia Federal deflagrou, nessa sexta-feira, 12, a Operação Probitas e prendeu em São Sebastião, no litoral paulista, um servidor da Receita Federal investigado por supostos crimes de corrupção. Segundo a corporação, o agente do fisco teria solicitado propina de R$ 23 milhões de um empresário com a promessa de deixar de autuar estabelecimento comercial e encerrar a fiscalização tributária.

Policiais federais cumprem ainda três mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e São Sebastião.

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As ordens foram expedidas pela 9ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A operação é realizada em conjunto com a Receita Federal.

A investigação teve início em março deste ano, após um empresário denunciar o auditor fiscal à Corregedoria da Receita. O Fisco então entrou em contato com a Polícia Federal para a realização das apurações.

"Com o avanço das investigações, foi possível verificar a verossimilhança dos fatos alegados, sendo possível constatar que o Auditor-fiscal solicitou propina, no valor aproximado de 23 milhões de reais, com a promessa de deixar de autuar o estabelecimento comercial e encerrar a fiscalização tributária", afirmou a PF em nota.

De acordo com a corporação, o auditor pode responder pelos crimes de corrupção passiva tributária, associação criminosa e organização criminosa.

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A PF indicou ainda que a operação foi batizada como Probitas - do latim probidade - "pois o que se busca com as investigações é restabelecer a probidade dentro da administração pública por meio da identificação e afastamento de servidores corruptos".

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