A Polícia Federal (PF) precisou 'negociar' com a família de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) para que o vereador pudesse estar presente durante as buscas da nova fase da operação, que investiga o suposto uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar adversários políticos e obter informações sobre investigações envolvendo a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews.
Segundo os advogados da família, Bolsonaro, Flávio e Carlos saíram para pescar antes das 6h e, ao ficarem cientes das buscas em sua residência: "Todos retornaram imediatamente para acompanhar e atender plenamente ao mandado judicial".
No entanto, conforme uma fonte da PF, testemunhas na região informaram que o grupo saiu um pouco mais tarde, por volta das 6h40. Nesse momento, segundo a mesma fonte, a PF já estava na residência de Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro, e na Câmara dos Vereadores da cidade.
A PF, então, deu início às buscas na casa por volta das 8h40. Às 9h30, segundo a fonte, começaram as negociações com familiares para que Carlos se apresentasse e acompanhasse as buscas. O vereador chegou à residência por volta das 11h, acompanhado pelo pai.
O advogado Eduardo Kuntz afirmou que o grupo estava sem sinal de comunicação e só tomou conhecimento da busca por volta das 10h. Segundo o advogado, um segurança, que havia retornado para buscar combustível, viu as mensagens sobre a busca que tinham sido enviadas a ele.