Pfizer: falta de consenso foi da Economia, diz ex-secretário

Diante de um pedido para convocação de Paulo Guedes, Elcio Franco esclareceu que não tratou do assunto com o ministro, mas com auxiliares

9 jun 2021 - 17h57
(atualizado às 18h05)
Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Antônio Elcio Franco Filho
Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Antônio Elcio Franco Filho
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado

Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira, 9, o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco atualizou versão que havia dado mais cedo e afirmou que a falta de consenso sobre cláusulas apresentadas pela Pfizer para o fornecimento de vacinas partiu do Ministério da Economia.

Diante do pedido do vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para que fosse convocado à comissão o ministro da Economia, Paulo Guedes, Franco esclareceu que não tratou do assunto com o ministro, mas sim com auxiliares e técnicos da pasta.

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Mais cedo, durante depoimento, Elcio havia afirmado que a falta de consenso se dava, em especial, sobre os dispositivos do contrato que tratavam de quem deveria partir a iniciativa uma vez que deveria ser convertida em lei, se do Executivo federal ou do Legislativo.

Franco disse também não ter conhecimento dos primeiros contatos da farmacêutica Pfizer com o governo brasileiro para o fornecimento de vacinas contra a covid-19. Segundo Randolfe, 90% - das 81 correspondências da farmacêutica ao governo brasileiro enviadas desde 17 de março - não tiveram resposta.

De acordo com Franco, seu primeiro contato com a empresa aconteceu em 6 de agosto. Documentos entregues pela farmacêutica ao colegiado mostram que, até essa data, haviam sido encaminhados 25 e-mails para o Ministério da Saúde.

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