O procurador-geral da República afirma que vazamento de informações visava colocar em dúvida investigações conduzidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou em despacho na quinta-feira, 22, que o vazamento de informações referente às investigações conduzidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes teve o intuito de colocar sob suspeita sua condução processual.
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A manifestação que contém o posicionamento de Paulo Gonet faz parte do pedido solicitado pela Polícia Federal para realizar busca e apreensão do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do gabinete de Moraes. Segundo Gonet, a busca e apreensão é necessária para identificação dos autores do vazamento.
"Na espécie, o vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo constitucional, recentemente publicizado por meio de veículos de comunicação, teve o nítido propósito de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações que seguem em curso no Supremo Tribunal Federal", disse Gonet na manifestação.
De acordo com o procurador-geral da República, o vazamento das informações foi uma "estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas".
Tafliaferro foi ouvido pela Polícia Federal em São Paulo na quinta-feira, mas negou que tenha vazado as mensagens referentes ao ministro Alexandre de Moraes.