PGR defende que mulher que pichou estátua no STF com batom vá para prisão domiciliar

Débora Rodrigues dos Santos está presa por ter pichado a estátua "A Justiça", em frente ao STF, nos atos de 8 de janeiro de 2023

28 mar 2025 - 14h43
(atualizado às 15h52)
Mulher que pichou ‘perdeu, mané’ diz que não fazia ideia do valor simbólico da estátua do STF
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu nesta sexta-feira, 28, que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda prisão domiciliar a Débora Rodrigues dos Santos, ré por ter pichado com batom vermelho a estátua "A Justiça", em frente ao STF, nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Débora, de 39 anos, é acusada de ter praticado cinco crimes: associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado.

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Embora reconheça os crimes citados, a PGR argumentou em favor da prisão domiciliar da cabeleireira até que o STF conclua a análise da denúncia. A justificativa para o pedido foi o fato de Débora ter filhos menores de 12 anos e o encerramento das investigações da Polícia Federal sobre o caso.

“A manifestação é pelo indeferimento do pedido de liberdade provisória e pela substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, ao menos até a conclusão do julgamento do feito, com o estabelecimento das medidas cautelares”, diz no pedido Gonet. 

Débora Rodrigues dos Santos admitiu em depoimento ter pichado a estátua da Justiça com batom, mas disse que agiu no calor da emoção e pediu perdão
Débora Rodrigues dos Santos admitiu em depoimento ter pichado a estátua da Justiça com batom, mas disse que agiu no calor da emoção e pediu perdão
Foto: Reprodução/processo judicial

Pichação da estátua

Em depoimento em novembro do ano passado, Débora relatou que agiu no "calor do momento" após um homem ter pedido a ela que terminasse de escrever a frase "Perdeu, mané" no monumento e que não sabia do valor simbólico e financeiro da estátua.

Na segunda-feira, 24, Luiz Fux pediu vista e paralisou o julgamento de Débora. Moraes, relator do caso, e o ministro Flávio Dino votaram para que ela seja condenada a 14 anos de prisão em regime inicial fechado.

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Fux explicou na quarta-feira 26, durante o julgamento que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) réu, que quer mais tempo para analisar a dosimetria da pena sugerida à cabeleireira e indicou que pode propor uma redução.

Fonte: Redação Terra
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