PGR quer ouvir Carla Zambelli antes de abrir inquérito sobre perseguição com arma

Deputada foi denunciada após perseguir um jornalista negro e sacar a armar para ele em São Paulo

4 nov 2022 - 16h50
(atualizado às 17h40)
A deputada federal Carla Zambelli; parlamentar teve as contas suspensas no YouTube, Twitter, Facebook, LinkedIn, TikTok e Instagram por decisão do TSE
A deputada federal Carla Zambelli; parlamentar teve as contas suspensas no YouTube, Twitter, Facebook, LinkedIn, TikTok e Instagram por decisão do TSE
Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO / Estadão

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 4, autorização para ouvir a deputada Carla Zambelli (PL-SP) antes de decidir se abre ou não um inquérito contra a parlamentar.

Carla Zambelli perseguiu um homem negro junto com seus seguranças no bairro Jardins, em São Paulo, na véspera do segundo turno. A deputada sacou a arma e correu atrás do jornalista Luan Araújo até um restaurante da região.

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A PGR também quer uma cópia da investigação aberta em São Paulo. O objetivo das medidas, segundo o órgão, é o "completo esclarecimento dos fatos".

"Com o escopo de averiguar preliminarmente as circunstâncias fáticas que envolvem autoridade com prerrogativa de foro perante o egrégio Supremo Tribunal Federal, urge sejam adotadas diligências investigativas para o completo esclarecimento dos fatos", argumenta a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo.

A manifestação foi enviada ao STF por ordem do ministro Gilmar Mendes. Ele é relator de uma notícia-crime do PT que atribui a Carla Zambelli crime eleitoral, tentativa de homicídio, lesão corporal, racismo e perigo para a vida ou saúde de outrem.

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