O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que as plataformas de redes sociais utilizadas por Jair Bolsonaro, como Instagram, TikTok, Facebook, YouTube, Twitter e LinkedIn, forneçam uma lista completa e os dados de identificação de todos os seguidores do ex-presidente. As informações são do blog do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
O pedido foi apresentado na esteira do inquérito que investiga possíveis crimes cometidos por Bolsonaro após os atos de 8 de janeiro. Na ocasião, 2 dias depois da invasão às sedes dos Três Poderes, o ex-presidente publicou um vídeo, no qual fez ataques ao sistema eleitoral. A publicação foi posteriormente removida das redes sociais.
O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, encarregado do inquérito relacionado aos atos do 8 de janeiro, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes que reforce o pedido à Meta para fornecer uma cópia do vídeo, além de requerer às demais empresas que forneçam dados como número de visualizações, curtidas, compartilhamentos, repostagens, comentários e outras métricas disponíveis.
A PGR também solicitou o envio de todas as postagens de Bolsonaro relacionadas a eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE), STF e Forças Armadas.
O subprocurador reiterou sua posição contrária aos 2 pedidos feitos por procuradores do MPF, que solicitaram a oitiva de especialistas em comunicação política de movimentos extremistas e o monitoramento de grupos de apoiadores de Bolsonaro, em uma petição apresentada no inquérito.
No documento, Carlos avalia que é "extremamente difícil" encontrar um especialista imparcial em monitoramento de grupos de apoiadores de Bolsonaro, que possa realizar seu trabalho de "forma isenta, sem qualquer viés ideológico ou partidário".