BRASÍLIA - O Partido Liberal sonda o nome da ex-prefeita e secretária de Relações Internacionais da cidade de São Paulo, Marta Suplicy (sem partido), para ser a companheira de chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB). A informação foi veiculada inicialmente pelo portal Valor Econômico e confirmada pelo Estadão.
"O nosso apoio a Nunes não está condicionado a ter o vice na chapa. O ex-presidente Jair Bolsonaro entendeu que o nome de vice precisa ser da melhor pessoa, não do PL. São Paulo é uma cidade de centro. O que interessa para nós é que o Nunes ganhe. Marta seria uma escolha muito boa para ser vice, mesmo por outro partido", afirmou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto ao Valor Econômico.
Procurada pelo Estadão, a assessoria do presidente do PL informou que a discussão para que Marta seja a vice-presidente da chapa de Nunes está em "sondagens iniciais". A reportagem também procurou a ex-prefeita, mas não teve retorno até o momento, o espaço segue aberto.
Marta construiu a sua carreira política no Partido dos Trabalhadores, onde se elegeu deputada federal, prefeita de São Paulo e senadora, além de ser ministra do Turismo no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chefe da pasta de Cultura durante a primeira gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2015, ela rompeu com a esquerda política ao apoiar o impeachment de Dilma, se filiando posteriormente ao MDB e ao Solidariedade.
O PT, antigo partido de Marta, apoia Boulos
O PT, sigla em que Marta foi filada por 34 anos, apoia a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), enquanto Nunes é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O prefeito busca a aprovação do ex-presidente para se consolidar como o nome da direita nas eleições municipais. Nos últimos meses, os dois se reuniram por quatro vezes em eventos públicos.
Na última quarta-feira, 16, Nunes disse que busca encontrar um vice que conheça a cidade de São Paulo para disputar as eleições, e disse que o nome será anunciado "na hora certa" após a realização de convenções partidárias e diálogo com todos os partidos da situação. Segundo o prefeito, não é certo que o partido de Valdemar e Bolsonaro fará a indicação do companheiro de chapa, mas ponderou que o tempo de TV da sigla é um aspecto que vai ser levado em consideração.
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