O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que não haverá nenhuma coligação do PL, partido ao qual deve se filiar na próxima terça-feira, com siglas de esquerda, e esse foi um dos acordos feitos com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.
Em uma entrevista a uma rádio de Salvador (BA), o presidente afirmou que essa questão está entre os pontos acertados com Valdemar para que fosse possível sua filiação.
"Conversei há três dias com Valdemar, acertamos nossos ponteiros e estamos bem afinados para, ao realizar essa filiação, começar a falar em política no ano que vem", disse Bolsonaro. "Não haverá qualquer coligação com partidos de esquerda nesses Estados. Está definitivamente acertado com Valdemar."
O presidente tinha acertado a data de sua filiação para o dia 22 deste mês. No entanto, informações de que Valdemar teria garantido aos filiados que poderiam fazer os seus acordos regionais --vários membros do partido têm hoje acordos com o PT, especialmente no Nordeste e pretendiam mantê-los-- irritaram Bolsonaro.
Depois de uma reunião na semana passada, o acerto foi que os filiados não serão obrigados a fazer campanha para Bolsonaro, mas não poderão fazer acordos com a oposição. Da mesma forma, o presidente do PL aceitou romper o acordo de apoio em São Paulo a Rodrigo Garcia, candidato tucano ao governo do Estado.
Na entrevista, Bolsonaro voltou a dizer que o nome do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, é uma possibilidade para uma candidatura ao governo de São Paulo, e que pretende ter candidatos em outros Estados, mas não deu nomes.