Sarney veta, e Planalto desiste de novo ministro do Trabalho

2 jan 2018 - 15h38
(atualizado às 16h54)
Presidente Michel Temer conversa com ex-presidente José Sarney durante cerimônia no Palácio do Planalto, Brasília
24/05/2016 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Michel Temer conversa com ex-presidente José Sarney durante cerimônia no Palácio do Planalto, Brasília 24/05/2016 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Apontado desde o início como o substituto de Ronaldo Nogueira no Ministério do Trabalho, o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) não será confirmado pelo Palácio do Planalto, por não ter obtido o aval do ex-presidente José Sarney, disseram à Reuters fontes com conhecimento do assunto.

Fernandes, que foi indicado pela bancada do PTB na Câmara no dia em que Nogueira pediu demissão, foi informado por telefone que não seria mais ministro e já avisou por mensagem seus colegas da Casa.

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No texto, visto pela Reuters, o parlamentar agradece à indicação mas explica que "não deu" porque criaria dificuldades no relacionamento entre o presidente Michel Temer e Sarney.

Em conversa com a TV Globo, Fernandes confirmou que teria havido "um veto" de Sarney. Procurado pela Reuters, o deputado não atendeu as ligações.

Na metade de 2016, Fernandes se aproximou do governador do Maranhão, Flavio Dino, inimigo político de Sarney no Estado, e indicou seu filho, Pedro Lucas Fernandes, para a presidência da recém-criada Agência Executiva Metropolitana do Maranhão.

O deputado foi indicado para o ministério porque já havia declarado que não será candidato novamente em 2018, para apoiar justamente a candidatura do filho.

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O veto ao nome indicado pela bancada irritou o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes. "Se foi ele quem não aceitou, tudo bem. Mas se tem um veto do PMDB aí eu não posso aceitar", reclamou.

Procurado, o Palácio do Planalto não respondeu se a informação de que Fernandes não será mais ministro é oficial.

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