A Polícia Militar começou a desmobilizar o acampamento de bolsonaristas em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, no início da tarde desta segunda-feira, 9. A dissolução do foco de manifestantes ocorre sem o uso da força, embora um jornalista tenha sido agredido. Por volta das 13h30, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro guardavam seus pertences em carros e caminhonetes para abandonar o local.
Mais cedo nesta segunda-feira, o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que o Estado tentaria dissolver os acampamentos utilizando o "diálogo" e, apenas se necessário, fazendo uso escalonado da força. A orientação por uma abordagem "pacífica" partiu do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A pouca resistência que houve à ação da polícia ocorreu de modo verbal. Exaltados, alguns bolsonaristas afirmam que "daqui a pouco (no governo de Luiz Inácio Lula da Silva) não existirá nem a polícia". A afirmação não tem nenhum embasamento na realidade. Manifestantes bolsonaristas também hostilizaram a imprensa presente no local.
Um fotojornalista da foi agredido ao adentrar o acampamento para registrar a desmobilização. Ele foi escoltado por policiais até a saída do local. Bolsonaristas proferiram xingamentos contra ele e sugeriram quebrar seus equipamentos, mas a presença da polícia impediu que a situação se agravasse.