A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) interditou o acesso ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo, 1º, Dia do Trabalho, quando atos organizados por centrais sindicais e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) ocorrem na capital federal.
A manifestação da militância bolsonarista ocorre em meio ao clima tenso entre o Planalto e o STF, após a crise aberta com a condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) a oito anos e nove meses de prisão por ataques aos ministros do tribunal e a decisão do presidente de perdoar a pena do parlamentar.
O STF informou que a segurança interna "trabalha com diversos cenários de planejamentos" e, caso necessário, pode pedir reforço.
"A equipe faz exercício permanente e sistemático de ações especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou potenciais aos ativos do tribunal", diz a nota.
Bolsonaro fez uma rápida aparição no ato em Brasília. O presidente chegou por volta de 11h30 e cumprimentou apoiadores por cerca de dez ministros. Sem discursar, retornou ao Palácio da Alvorada. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, ele disse que a manifestação é "pacífica em defesa da Constituição, da democracia e da liberdade".
Antes da chegada de Bolsonaro, manifestantes pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, um dos alvos preferenciais dos bolsonaristas no Supremo. Uma das faixas colocadas no local pede "destituição dos ministros do STF e criminalização do comunismo no Brasil".