Entre os novos nomes anunciados na terça-feira, 22, para compor a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o nome do deputado federal Alexandre Frota (PROS-SP) foi um dos que mais surpreenderam. Mas quais foram os motivos que levaram à escolha do ex-aliado de Jair Bolsonaro (PL) ao time do petista?
Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, há uma série de razões para essa indicação, a começar pelo fato de Frota integrar a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Por isso, ele foi nomeado para a área de Cultura na transição.
Além disso, como deputado federal, Frota vota contra o governo Bolsonaro na Casa e tem se mostrado afinado com o PT. Com isso, ainda que o mandato de Frota termine em 2023, já que ele não tentou a reeleição, o deputado pode contribuir para a aprovação da PEC da Transição na Casa. A matéria é a principal forma encontrada para bancar as promessas de campanha do petista.
Além desses motivos, o parlamentar foi uma indicação do PROS, um dos partidos que apoiou Lula no segundo turno das eleições presidenciais. Frota, inclusive, se comprometeu a não atrapalhar os trabalhos de transição, nem mesmo se houver alguma divergência nas discussões.