O presidente Jair Bolsonaro vai se manifestar sobre uma eventual troca de partido quando achar conveniente, disse nesta terça-feira o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, horas depois de Bolsonaro dizer a um apoiador que esquecesse o PSL, sua sigla atual, e afirmar que o presidente da legenda, deputado federal Luciano Bivar (PE), está "queimado".
"O presidente não me autorizou a fazer comentários específicos sobre esse tema e vos adianto que, se assim ele achar adequado, no devido momento ele fará os seus pronunciamentos", disse o porta-voz ao ser indagado durante um briefing regular com jornalistas se Bolsonaro pretende mudar de partido.
Na véspera, ao responder a mesma pergunta, Rêgo Barros disse que naquele momento Bolsonaro disse que não pretendia trocar de legenda.
O porta-voz também foi indagado sobre declarações dadas mais cedo pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que defendeu a discussão sobre o fim do monopólio da Caixa Econômica Federal na administração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Para Maia, a Caixa remunera mal os recursos do Fundo e isso gera prejuízos ao trabalhador.
"É claro que nós entendemos que o Congresso, a Câmara, o Senado ou ambos, têm o direito de analisar em nome da sociedade aspectos referentes a esse caso que nós estamos discutindo. Mas pontualmente e no momento, o governo entende que o FGTS deve estar sendo gerenciado e conduzido pela Caixa Econômica Federal", respondeu Rêgo Barros.