Porto Alegre entre as capitais é a com o maior número de abstenções

Com 31,51% de abstenções, Porto Alegre lidera o ranking das capitais nas eleições municipais deste ano.

7 out 2024 - 11h25

Porto Alegre, que possui 1.096.641 eleitores, se destacou como a capital brasileira com o maior número de abstenções no primeiro turno das eleições municipais de 2024. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 31,51% dos cidadãos aptos a votar não compareceram às urnas no último domingo (6), totalizando 345.544 ausências.

Foto: Agencia Brasil / Porto Alegre 24 horas

Esse número de abstenções é significativo, pois superou o total de votos recebidos pelo candidato do MDB, Sebastião Melo, que conquistou 345.420 votos, se as abstenções fossem uma coligação, elas teriam ultrapassado o candidato líder na disputa.

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A nível nacional, o índice de abstenção nas eleições municipais foi de 21,71%, conforme informado pela ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, durante uma coletiva de imprensa logo após o término da apuração.

Comparando com eleições anteriores, a abstenção cresceu em relação ao pleito de 2016, que registrou 17,58% de faltas, mas caiu em relação a 2020, onde o índice foi de 23,5%. Vale lembrar que as eleições de 2020 ocorreram em um contexto marcado pela pandemia de Covid-19. Excluindo este ano excepcional, a abstenção atual é a mais alta nas eleições municipais deste século.

A ministra Cármen Lúcia comentou sobre a situação, destacando: "Tivemos um índice de abstenção que continua alto para os nossos padrões: 21,71%". Ela também revelou que o número de eleitores que justificaram sua ausência aumentou 65,9% em comparação com o último pleito, totalizando 2,6 milhões de justificativas.

Por outro lado, Cármen elogiou a agilidade na apuração dos votos, afirmando que o modelo adotado no Brasil permite que os cidadãos saibam, ao final do dia da votação, quem são os eleitos em todos os estados e municípios. "Estamos aqui para servir à cidadania. Ao eleitor e eleitora, e, principalmente, para que houvesse o sossego de sair de casa para votar e, com tranquilidade, exercer esse direito constitucional fundamental: a escolha dos governantes municipais", completou.

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