A entrada de Graça Foster no comando da Petrobras em 2012 mudou uma negociação bilionária sobre a venda de poços de petróleo na África. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o negócio estava nas mãos de um diretor indicado pelo PMDB e passou a ser tocado por um subordinado da nova presidente da estatal Graça Foster.
Em 2013, o banco BTG Pactual pagou US$ 1,5 bilhão para ficar com metade das operações africanas da Petrobras e se tornar sócio da estatal. O valor, no entanto, era quatro vezes inferior ao calculado pela gestão anterior e gerou desconfianças. Os funcionários que participaram do processo desde o início foram afastados depois que Jorge Zelada, o indicado pelo PMDB que dirigia a área internacional da Petrobras, deixou o cargo.
Logo após a posse de Graça Foster, executivos que estudavam a venda dos poços da empresa na África avaliaram uma proposta que permitiria captar no mercado US$ 3,5 bilhões com a venda de 25% dos ativos, segundo a Folha.