O Partido Popular Socialista (PPS) sinalizou na noite deste sábado apoio a Eduardo Campos e Marina Silva (PSB) nas eleições para a presidência da República no próximo ano. Foram 152 votos a favor da posição contra 98 que defenderam candidatura própria do partido. Uma terceira sugestão, de apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB), foi retirada na última hora.
A votação ocorreu durante o Congresso Nacional do partido, em São Paulo. "É um reencontro com uma esquerda democrática na qual nós, a muito custo, ingressamos a partir da década de 1960. É um reencontro histórico inclusive na crise geral das esquerdas mundiais", afirmou o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP).
O posicionamento tirado é um indicativo de apoio, já que legalmente as convenções dos partidos acontecem no mês de junho. No entanto, é um sinalização clara dos rumos que o partido pretende tomar em 2014. A partir de agora, a direção nacional da legenda vai procurar Eduardo e Marina para começar a discutir uma agenda para Brasil que caminhe na direção da construção de uma nova maneira de fazer política, um novo modelo para economia e um novo modo de governar.
O deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA), que foi escolhido para fazer a defesa da tese vencedora, destacou que o PPS precisava mudar o seu eixo de alianças e trabalhar para o fim dualidade entre o PT e o PSDB que há anos toma conta da política brasileira. "O que é mais dinâmico no nosso entendimento é o que se expressa na candidatura de Eduardo e Marina. É esse eixo que está tentando construir uma nova agenda para o Brasil", disse Jordy.
O presidente de PPS de São Paulo, deputado estadual Davi Zaia, afirmou que o objetivo do partido é "se somar ao PSB e a Rede para construir uma candidatura a presidente da República no rumo da construção de uma nova política, nova economia e novo governo".